A neuroplasticidade é um conceito fascinante que descreve a capacidade do cérebro de mudar e se adaptar ao longo do tempo. Essa habilidade é fundamental não apenas para a nossa sobrevivência, mas também para o aprendizado contínuo ao longo da vida.
Neste artigo, você vai entender o que é a neuroplasticidade, sua relação importante com a aprendizagem infantil e até com a qualidade de vida na terceira idade. Acompanhe mais a seguir!
O que é neuroplasticidade?
De acordo com Raphael Spera, médico da Faculdade de Medicina da USP, “A neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de se adaptar, do neurônio, por exemplo, formar novas conexões. Ou seja, ele passa a se comunicar com outros neurônios com os quais não se comunicava antes”.
Dessa forma, a neuroplasticidade é a habilidade do cérebro de modificar sua estrutura e função, criando novas conexões entre os neurônios em resposta a experiências e estímulos.
Ao longo da vida, nosso cérebro está em constante processo de adaptação, seja para aprender algo novo, para responder a mudanças no ambiente ou até mesmo após lesões.
Essa plasticidade é mais intensa na infância, quando o cérebro está em pleno desenvolvimento, mas também permanece ativa na fase adulta, embora em menor intensidade.
Como acontece a neuroplasticidade?
O cérebro humano é composto por bilhões de neurônios, que se comunicam entre si por meio de sinapses. Portanto, quando aprendemos algo novo ou repetimos uma atividade, essas sinapses se fortalecem, formando novas conexões.
No geral, a neuroplasticidade pode acontecer de duas formas:
- pela plasticidade sináptica, que envolve o fortalecimento ou enfraquecimento das sinapses já existentes;
- e pela neurogênese, que é a formação de novos neurônios, principalmente em áreas como o hipocampo, responsável pela memória e aprendizado.
A neuroplasticidade é um processo contínuo que é influenciado por diversos fatores, como o ambiente, a experiência, a prática repetida e até mesmo o nível de estresse.
Em crianças, por exemplo, o aprendizado de uma nova habilidade pode resultar em alterações significativas nas conexões neuronais, enquanto em adultos, o processo de neuroplasticidade pode ser mais lento, mas igualmente eficaz.
Entenda a relação entre neuroplasticidade e aprendizagem
A aprendizagem ocorre quando novas informações ou habilidades são adquiridas e armazenadas na memória. Para isso, o cérebro precisa formar novas conexões neuronais.
Cada vez que estudamos e praticamos algo, essas conexões ficam mais fortes e mais eficientes. Isso significa que, ao longo do tempo, o cérebro se torna mais hábil em processar e armazenar informações, o que potencializa o aprendizado.
Além disso, a neuroplasticidade permite que o cérebro se recupere de lesões e se adapte a novas situações. Por exemplo, pessoas que sofreram um acidente e perderam temporariamente a capacidade de falar podem, com o tempo, reaprender a falar através da reconfiguração de conexões neurais.
Como praticar a neuroplasticidade?
As várias práticas que estimulam a neuroplasticidade envolvem desafios mentais e físicos que promovem o crescimento e a reorganização do cérebro. Algumas das principais práticas para estimular a neuroplasticidade são:
- Jogos cerebrais: jogos de lógica e raciocínio ajudam a estimular diferentes áreas do cérebro, promovendo a criação de novas conexões neuronais.
- Atividades lúdicas: brincadeiras interativas e educativas são excelentes para o desenvolvimento cognitivo e socioemocional, estimulando a criatividade e o pensamento crítico.
- Interação social: a troca de experiências com outras pessoas também desempenham um papel fundamental na neuroplasticidade, já que o cérebro se adapta ao ambiente social e às emoções envolvidas.
- Exercícios físicos: a atividade física regular não só melhora a saúde do corpo como também favorece a neuroplasticidade, aumentando a irrigação sanguínea no cérebro e estimulando novos neurônios.
- Alimentação saudável: a nutrição desempenha um papel importante na saúde cerebral. Dietas ricas em antioxidantes, gorduras saudáveis e nutrientes essenciais são fundamentais para o bom funcionamento cerebral.
- Descanso adequado: o sono e o descanso são vitais para a consolidação das memórias e para o fortalecimento das sinapses. Sem um descanso adequado, o cérebro não consegue realizar a reorganização necessária.
Como estimular a neuroplasticidade desde a infância até a terceira idade?
A neuroplasticidade está presente durante toda a vida, desde a infância até a terceira idade. No entanto, a forma de estimular o cérebro pode variar de acordo com a faixa etária.
Em suma, na infância, o foco deve ser em métodos educacionais que promovam a interação social, a criatividade e o desenvolvimento cognitivo.
O Método Super Cérebro, por exemplo, oferece uma abordagem inovadora para estimular a neuroplasticidade, utilizando ferramentas pedagógicas como o Soroban (ábaco japonês), que aprimora a concentração, memória e raciocínio lógico das crianças.
Além disso, também usa jogos de tabuleiro e atividades lúdicas para fortalecer a comunicação, a colaboração e o pensamento estratégico.
Na terceira idade, a neuroplasticidade também pode ser estimulada por meio de práticas cognitivas que mantenham o cérebro ativo e saudável.
O Modelo Longevidade do Super Cérebro, desenvolvido para pessoas acima de 45 anos, utiliza exercícios cerebrais específicos, como jogos de memória e desafios cognitivos, para ajudar na manutenção das funções cognitivas e melhorar a qualidade de vida.
Com isso, o método promove o aprendizado contínuo, seja qual for a idade, favorecendo o envelhecimento saudável e a estimulação das habilidades socioemocionais.
O Super Cérebro é, portanto, uma metodologia educacional que se adapta às necessidades de diferentes faixas etárias, sendo a oportunidade perfeita para que a neuroplasticidade seja estimulada tanto em crianças quanto em adultos e idosos.
Para saber mais como a neuroplasticidade pode ser estimulada ao longo da vida e como o Método Super Cérebro pode ser aplicado, leia outros artigos no nosso blog!
