Palestrantes e visitantes da Bett Brasil 2022 reforçaram a importância de trabalhar essas habilidades na volta às aulas pós-pandemia.
Socialização, planejamento, inteligência emocional e cooperação são apenas algumas das exigências do mercado de trabalho atualmente. Essas são as habilidades socioemocionais debatidas e defendidas por palestrantes e visitantes na Bett Brasil 2022, maior feira de educação da América Latina, realizada entre os dias 10 e 13 de maio em São Paulo, e previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O Grupo Super Cérebro participou da feira com um estande colorido e produziu um podcast com convidados especiais do evento para falar sobre o tema. “Para nós, a participação na Bett Brasil foi realmente um grande sucesso. Tivemos um dos estandes mais visitados da Feira e temos certeza que excelentes parcerias serão geradas a partir de conversas iniciadas no evento”, explica Patricia Gamba, Diretora comercial e Sócia-fundadora do Super Cérebro.
Nos últimos dois anos houve uma transformação digital nas escolas. Tanto alunos quanto professores, educadores, equipe pedagógica, diretores, entre outros profissionais da educação, tiveram que se adaptar às tecnologias para que pudessem estudar e trabalhar. Agora, o que as escolas estão passando é por uma transformação socioemocional.
A neuropsicopedagoga parceira do Super Cérebro, Renata Aguilar, foi uma das convidadas do Super Cérebro Podcast e explicou a dificuldade das crianças em reaprender a interagir e conviver em grupo. “Entre 2019 e 2022 houve uma lacuna na interação entre as crianças, agora elas estão com dificuldades nessa retomada, assim como os professores, as escolas, a equipe docente e a gestão. A dificuldade principal entre as crianças é a de saber ouvir, do toque que muitas vezes é agressivo. Nunca se fez tão necessário trabalhar habilidades socioemocionais quanto neste momento que vivemos”, enfatiza.
Segundo Celso Hartmann, diretor dos Colégios Positivo, é perceptível que professores e aluno estão estressados. “Estão todos loucos para essa volta à normalidade, às vezes até passando um pouquinho do ponto. Mas é muito interessante ver essa busca pela diminuição da tela e aumento pela vida mais analógica, por estar juntos novamente. Para isso é fundamental trabalhar o socioemocional dessas crianças e também dos professores”, destaca.
O astronauta brasileiro e ex-ministro de Ciência, Inovação e Tecnologia, Marcos Pontes, também conversou com o Super Cérebro Podcast. Ele falou sobre os desafios de levar as aulas para todos os alunos durante a pandemia. “Uma das minhas maiores preocupações no início da pandemia era como levar as aulas para os alunos se nem todos têm acesso à internet. Foi aí que surgiu a ideia de transmitirmos por televisão. Foi criado um sistema de multiprogramação nos canais para tentar chegar, ter um alcance maior. Mas mesmo assim não foram todos os alunos que tiveram acesso, e ficou muito claro durante a pandemia essa diferença. Precisamos pensar no nosso país de uma forma mais ampla, em que se tenha mais inclusão, inclusão digital e das pessoas também”, destaca.
Pontes também enfatizou a necessidade de se trabalhar as habilidades socioemocionais na volta às aulas presenciais. “É importante pensar no aluno como um cidadão em formação. É um ser humano com todos os complexos e emoções. Por isso é necessário considerar o aspecto intrapessoal. Antigamente, só se pensava na matéria que tem que aprender e terminar aquela matéria em seis meses e fazer a provas. Não funciona mais dessa forma.
Hoje, cada vez mais precisamos de interações. Um dos efeitos ruins que a pandemia trouxe foi a exclusão dos alunos das escolas, que tiveram que ficar isolados em casa. Em certa fase da nossa vida precisamos ter a relação interpessoal para que possamos desenvolver certas competências que serão úteis para a vida inteira”, conclui.
Outro convidado do Super Cérebro Podcast foi o professor José Motta Junior, da Moonshot Educação. Motta compartilhou sobre sua atuação dentro da sala durante 20 anos e que no 21º percebeu que precisava mudar sua metodologia para engajar seus alunos. “Nessa transformação, devo ter usando aproximadamente umas 50 metodologias ativas de aprendizagem no ensino médio e no ensino superior, na instituição onde estava. Percebi que algumas funcionavam e outras não”, explica.
Com isso, Motta desenvolveu suas próprias metodologias, além de palestras e workshops de formação para professores. “Antes da pandemia, e não podemos deixar de falar sobre isso, já havia uma agulha alfinetando a educação para que ela se mexesse, tirasse um pouco do mofo. Mas como a educação é um pouco linear, está acostumada com um roteiro, a gente se preocupa pouco de transformar as aulas, porque já tenho minha aula pronta, porque vou mudar tanto?”, compartilha.
Com a pandemia, todos se viram obrigados a inovar a forma de ensinar. Motta enfatiza que essas inovações e mudanças vieram para ficar e que o futuro da educação depende de três pilares, de acordo com o que diz o documento Reimaginar juntos os nossos futuros: um novo contrato social para a educação.
“O primeiro é que o professor não precisa falar tudo para ensinar, o segundo é que os professores devem incentivar e se adaptar ao fazer juntos, como provas e trabalhos em grupo, e o terceiro pilar é que são necessários novos espaços de aprendizagem. Esses três pilares são tendências para o futuro da educação e neles cabem as metodologias, cabe um bom projeto, cabe a inspiração do professor, cabe o debate do aluno, esse é o famoso aprendendo misturado”, finaliza.
Uma das convidadas do Super Cérebro Podcast foi a presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Helena Guimarães, que falou sobre o novo ensino médio e as mudanças do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). “Neste ano, as escolas brasileiras começam a implantar o novo ensino médio. Todos os estados, com exceção da Bahia, Alagoas e Rondônia, já estão com currículos novos, adaptados à nova reforma do ensino médio. Além disso, em 2024 teremos o novo Enem, cujas diretrizes foram estruturadas por meio de um diálogo permanente com o MEC, com o INEP, com as escolas públicas, particulares e universidades, que mostra que o futuro do Enem terá que ter duas partes”, explica a presidente.
O primeiro dia do Enem será para avaliar a formação geral de acordo com a reforma, que vale as 1.800 horas. No segundo dia, será avaliada a área de preferência do aluno, que são os itinerários formativos. “O mais importante é que será uma prova; a primeira etapa com perguntas com abordagem multidisciplinar, com questões abertas e fechadas, e uma redação que é obrigatória para todo mundo, incluindo as quatro horas de conhecimento. Já a segunda etapa do Enem é quando o aluno terá que escolher uma área, por exemplo, se quiser engenharia, vai escolher matemática e ciências da natureza; se quiser medicina, enfermagem, psicologia, vai escolher ciências da natureza e humanidades”, enfatiza Maria Helena.
Para finalizar, Maria Helena acredita que até o fim do ano o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) deve divulgar as novas matrizes do novo ENEM.
O Super Cérebro é um método de ensino pioneiro na capacitação de crianças, jovens e adultos em competências cognitivas e socioemocionais. O método foi criado a partir de pesquisas sobre desenvolvimento cognitivo realizadas pelo professor Ricardo Lamas, CEO do Grupo Super Cérebro.
“O século 21 exige muito mais do que os conhecimentos de matemática tradicional, português e geografia. Saber lidar com as próprias emoções e ter capacidade de resolver problemas com determinação são exigências cada vez mais presentes na vida em sociedade e no mercado de trabalho”, afirma Lamas.
O método Super Cérebro utiliza técnicas da neurociência e recursos como o Soroban e jogos de tabuleiro para o desenvolvimento de atividades individuais e de habilidades socioemocionais e cognitivas. Hoje, o Grupo Super Cérebro possui operação em todas as regiões do país por meio de uma rede de franquias com mais de 200 unidades e já fez a diferença na vida de milhares de alunos.
Na Bett Brasil, o Super Cérebro Podcast conversou com mais de 40 profissionais da educação sobre o desenvolvimento das habilidades socioemocionais e o futuro da educação. Confira os bate-papos no canal oficial do Grupo no YouTube: https://bit.ly/3wxOukN.
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