O efeito das telas no cérebro

Efeito das telas no cérebro

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No cenário atual, a exposição excessiva a dispositivos eletrônicos tornou-se uma preocupação crescente, especialmente devido aos seus efeitos no desenvolvimento cognitivo e na saúde mental. Impactando, principalmente crianças e adolescentes, a exposição às telas passou a ser considerado um problema de ordem social, ganhando contornos jurídicos, com a implementação da Lei nº 15.100/2025, que proíbe o uso de smartphones, tablets e outros dispositivos eletrônicos portáteis durante as aulas, no recreio e nos intervalos entre os cursos na educação básica (pré-escola, ensino fundamental e ensino médio) e determina regras para os alunos, escolas e redes de ensino.

A Profa. Dra. Renata Aguilar, diretora pedagógica do Grupo Super Cérebro, abordou esse tema em profundidade na “Super Live: O Impacto das Telas no Cérebro“, oferecendo uma perspectiva neurocientífica sobre os vícios digitais.

O processo de aprendizagem

O primeiro ponto a compreender é que a aprendizagem acontece por meio da interação, e o conhecimento não é simplesmente transmitido, mas sim construído. No caso das crianças, esse processo ocorre quando elas são estimuladas a explorar, experimentar e pesquisar ativamente.

Cada fase do aprendizado se dá por meio da tentativa e erro, da repetição de comportamentos e movimentos, além da convivência e do contato com o mundo ao seu redor.

No entanto, quando as crianças substituem essas experiências pelo tempo excessivo diante das telas, seu desenvolvimento cognitivo, socioemocional e motor pode ser comprometido, impactando habilidades essenciais para o crescimento saudável.

 

Malefícios ao cérebro

Estudos indicam que o uso prolongado de telas pode levar a alterações significativas no cérebro. A exposição contínua à luz azul emitida por esses dispositivos interfere na produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono, resultando em distúrbios do sono e consequente impacto na função cognitiva. Além disso, a dependência de dispositivos para multitarefas pode reduzir a capacidade de concentração e atenção sustentada, afetando negativamente a eficiência cognitiva.

A Profa. Dra. Renata destaca que o uso excessivo de telas pode prejudicar a saúde mental dos jovens, afetar a atenção e, consequentemente, impactar a aprendizagem. Isso ocorre porque a superexposição a estímulos digitais rápidos pode “recrutar” o cérebro para padrões de pensamento superficial, diminuindo a capacidade de foco e aprofundamento em tarefas complexas.

Vícios Digitais e Saúde Mental

A dependência de dispositivos eletrônicos está associada a um aumento nos níveis de estresse e ansiedade. A constante comparação social e o medo de estar perdendo algo (conhecido pela sigla de FOMO – fear of missing out) nas redes sociais contribuem para a deterioração da saúde mental. Em crianças, o tempo excessivo em frente às telas pode interferir no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, essenciais para interações saudáveis.

 

Estratégias para Mitigar os Efeitos Negativos

Para combater os impactos adversos das telas, é fundamental adotar estratégias que promovam o uso equilibrado da tecnologia. A Profa. Dra. Renata sugere a implementação de atividades que estimulem o desenvolvimento cognitivo e socioemocional, como jogos de tabuleiro e o uso do Soroban, ferramentas que fazem parte do método Super Cérebro. Essas práticas incentivam o raciocínio lógico, a concentração e a interação social, funcionando como alternativas saudáveis ao tempo excessivo diante das telas.

Além disso, estabelecer limites claros para o uso de dispositivos eletrônicos, promover momentos de desconexão e incentivar atividades ao ar livre são medidas eficazes para preservar a saúde mental e o desenvolvimento cognitivo de crianças e adultos.

A conscientização sobre os efeitos nocivos do uso excessivo de telas é o primeiro passo para promover mudanças significativas no estilo de vida digital. Ao adotar práticas saudáveis e equilibradas, é possível minimizar os riscos associados aos vícios digitais e fomentar um desenvolvimento cognitivo robusto e uma saúde mental equilibrada.

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